Na minha escola primária eu fui sempre do banco das mais atrasadas.

Tinha dificuldades de aprendizagem severas, não acompanhava o desenvolvimento das outras alunas, contudo, sua professora teve muita paciência com ela e utilizou-se de muita didática para que ela aprendesse.

Na minha casa ninguém acreditava que eu aprendesse a ler.

Não sei se sou um mulherão ou uma mulherinha, só sei que sou uma mulher como outra qualquer…

De menina fui sempre limitada, cresci entre oito mulheres que me limitavam, cada uma queria me enquadrar dentro de um molde, que parecia a elas o certo, e eu sempre errada.

E daí veio o meu desejo de me libertar naquele meio familiar constrangedor pelo casamento, que era a única porta aberta naqueles tempos remotos.

E foi uma ilusão muito grande, porque liberta da coerção, da limitação da família, eu passei para a limitação de meu marido, que era 22 anos mais velho do que eu, e era muito ciumento

Por: JCS






Revista de opinião e entretenimento, sobre temas relacionados ao equilíbrio entre mente corpo e espiritualidade.