Por: JCS

A Rússia está se organizando para que a vacina contra a covid-19 seja produzida em seu país neste mês de agosto, ou seja: o mês que vem.

Caso isto realmente ocorra, a Rússia será o primeiro país no mundo a aprovar a vacina e todos os seus cidadãos estarão bem à frente na disputa contra EUA, Inglaterra e China, os quais estão ainda na fase III de testes em humanos das vacinas da Moderna, de Oxford e Coronavac.

Ao que tudo indica, o registro da vacina russa deve ser aprovado em no máximo duas semanas, comunicou uma fonte à Sputnik, agência internacional de notícias do governo russo.

“Em 10-12 de agosto, após verificação pelo Serviço Federal de Vigilância na Área da Saúde da Rússia, devem estar prontos os documentos de registro (da vacina), já em 15 ou 16 de agosto é esperado que sejam obtidos documentos que permitirão distribuir a vacina entre a população”, detalhou.

O que falta ainda?

Conforme informações da fonte, disse que a vacina já foi transferida ao centro de pesquisa científica.

Caso tudo ocorra de maneira satisfatória, logo em seguida, tanto o Ministério da Saúde, quanto o Serviço Federal de Vigilância na Área da Saúde da Rússia deverão dar a certificação da vacina e emitirem um documento que permita que a mesma seja distribuída à população civil.

As primeiras pessoas a receberem as vacinas serão os profissionais da saúde que estão à frete no combate à covid-19, trabalhando e tratando dos pacientes infectados.

O restante da população terá acesso à vacina apenas em janeiro ou fevereiro de 2021.

O ministro da Saúde, Mikhail Murashko, já havia admitido anteriormente que provavelmente  a vacinação contra a covid-19 teria o início em agosto, sendo que os primeiros a receber seriam as pessoas do grupo de risco (professores, médicos, enfermeiros e outros).

Duas vacinas em testes

O ministro russo ainda informou que existem duas vacinas candidatas, com elevado estado de prontidão, criadas pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamalei e Pelo Centro Estatal Científico Vektor.

Destas, a primeira vacina já teve concluído o estágio II de ensaios clínicos, demonstrando a eficácia imunizadora.

Segunda-feira, 27, o instituto de virologia Vector deu início aos testes clínicos (que são feitos em humanos), da segunda vacina candidata contra a covid-19. Conforme informações da Agencia de notícias RIA, cinco pessoas voluntárias receberam o imunizante nesta fase de testes.

Ainda há controvérsias

Destoando dos outros países, a Rússia não tornou público as informações científicas resultantes destes estágios de pesquisas, inclusive não há nada de concreto divulgado que comprove cientificamente os resultados alcançados. Laboratórios de outros países como Reino Unido, sempre divulgam os resultados dos testes clínicos.

Tal comportamento tem levantado várias hipóteses nas críticas, alguns especialistas que criticam esta pressa da Rússia em aprovar esta “vacina” dizem que há uma pressão do Kremlin para que a Rússia seja respeitada como uma “força científica global”.

Estes especialistas levantam dúvidas de que os testes em humanos estariam incompletos, inclusive que a vacina não teria passado do segundo estágio do processo. Contudo, a Rússia declarou que a terceira fase de testagens será em 3 de agosto, na mesma semana, em que, paralelamente acontecerá a vacinação nos profissionais da saúde.

Sem que os resultados sejam claramente divulgados nas comunidades científicas fica difícil qualquer órgão acreditar e validar os resultados, por isso, vários setores têm levantado duras críticas.

Com informações: Sputnik Brasil

 

 






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