Quando pensamos nos filmes dos anos 90, é fácil lembrar das comédias leves e histórias que marcaram nossa infância. Mas entre tantas produções cheias de nostalgia e diversão, existe um filme que ficou gravado na memória por outro motivo: a dor e a ternura de crescer. Esse filme é “Meu Primeiro Amor”, lançado em 1991 — uma obra que continua emocionando gerações.
A história gira em torno de Vada Sultenfuss, uma menina de 11 anos que vive com o pai e a avó em uma casa funerária. A mãe morreu no parto, e a pequena Vada, cercada pela morte desde cedo, tenta entender o mundo à sua volta enquanto enfrenta o peso da perda e o medo de perder ainda mais.
Seu melhor amigo é Thomas J., vivido por Macaulay Culkin, em uma das atuações mais marcantes de sua carreira. Juntos, os dois compartilham momentos de inocência pura — risadas, brincadeiras e até o primeiro beijo. Mas o que começa como uma amizade doce logo toma um rumo devastador: Thomas J. morre após uma reação alérgica a picadas de abelha, deixando Vada em choque e o público em lágrimas.
O filme trata temas pesados — como morte, luto e amadurecimento — com uma sensibilidade rara. Mostra como uma criança encara a dor pela primeira vez e como a vida, mesmo cheia de perdas, continua. A famosa cena do funeral, em que Vada se recusa a aceitar a morte do amigo e insiste que ele “precisa dos óculos”, é lembrada até hoje como um dos momentos mais tristes e inesquecíveis do cinema dos anos 90.
Mesmo assim, “Meu Primeiro Amor” também tem leveza. Há humor nas travessuras de Vada, nos momentos na aula de poesia, nas pequenas descobertas da infância. Mas até nessas cenas sentimos a presença constante da melancolia — como se o filme lembrasse que a felicidade e a tristeza caminham lado a lado.
Mais de três décadas depois, “Meu Primeiro Amor” continua sendo uma das histórias mais emocionantes sobre crescer, perder e seguir em frente. Um clássico que não envelhece — e que, como diz o título, ninguém esquece depois de ver.
📺 Disponível na Prime Video.

