Por: JCS

Bill Gates em 2015, emitiu uma mensagem preocupante sobre o risco de o mundo ser acometido por uma grande pandemia a qual não estaríamos preparados. Cinco anos se passaram, o coronavírus chegou em quase todo o planeta, e parece que ninguém levou à serio seu alerta.

Para ele, que saiu do conselho da Microsoft recentemente para se dedicar à filantropia, esta crise ainda não é o pior cenário que ele previu em 2015, podendo ser contida com duas atitudes: testes em grande volume e isolamento radical.

“O que precisamos agora é de um desligamento extremo para daqui a seis a dez semanas, se as coisas forem bem, então começar a voltar ao normal” disse, em um evento ONLINE organizado pelo TED
“É muito difícil fazer isso, é duro com as pessoas, é desastroso para a economia. Mas, quando mais cedo você fizer o isolamento, de uma maneira dura, mais cedo você pode desfazê-lo. ” (Bill Gates)

Ele não citou nomes, más discordou da postura de determinados Líderes que estão optando por uma quarentena parcial para poupar a economia.

“É muito irresponsável alguém sugerir que podemos ter o melhor dos dois mundos”. “É muito difícil dizer às pessoas: “Ei, continue indo aos restaurantes, pode ir comprar casas novas e ignore aquela pilha de corpos na esquina porque queremos que você continue gastando”. Não conheço nenhum país rico que tenha escolhido essa abordagem. ”

Ele criticou duramente os países que não levaram à sério a pandemia não tomando atitudes em fevereiro para se preparar; como foi feito pela Coréia do Sul, que aumentou drasticamente a capacidade para testes para o vírus. Disse ainda que a Coréia do Sul não precisou de um isolamento drástico por causa dos testes.

“Testar em grande quantidade deveria ser prioridade, disse Gates, que está há dias trabalhando de casa e fazendo reuniões online. “Testar é tudo. É assim que você descobre se precisa de mais isolamento ou se está começando a chegar ao ponto em que pode liberar. Sem testes, você fica cego. ”

O magnata se mostra otimista, apesar da crise, com os grandes avanços tecnológicos. A Fundação Bill e Melinda Gates doou US$ 100 milhões para ajudar alguns programas que enfrentam o coronavírus com terapias e testes.

O programa Seattle Flu Study, que foi ajudado por estas verbas, criou um teste para o coronavírus que pode ser feito pelo próprio paciente, evitando que o agente da saúde se contamine, já é um grande avanço.

Bill ainda disse que a situação atual poderia ser pior, caso o índice de mortalidade fosse comparado, como o da varíola, que foi de 30%. “O coronavírus é muito mais infeccioso que Mers ou Sars [doenças respiratórias agudas], mas não é tão fatal quanto”, afirmou.

Ele fez um comentário muito pertinente: a interrupção da economia para eliminar o coronavírus é realmente “completamente sem precedentes”. “Mas trazer de volta a economia e fazer dinheiro são coisas mais reversíveis do que trazer pessoas de volta à vida”, concluiu.

 

Com informações: UOL

 






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