Por: JCS
Diante da forte pandemia da covid-19, as mulheres literalmente estão protegendo suas vidas, lares e famílias com muita garra e determinação, ficou claro pelos noticiários que o confinamento impôs a elas a violência familiar, sem dizer que elas sofrem a crise econômica mais que os homens. Mesmo assim, “dos 12 países que melhor enfrentaram a pandemia, nove são dirigidos por mulheres”, salientou Michelle Bachelet, que é uma alta comissária da ONU para os Direitos Humanos.
Ela já foi eleita duas vezes presidenta do Chile e conversou via videoconferência com o diretor do jornal El País, Javier Moreno. Bachelet, falou sobre a situação de violência na Colômbia, mencionou a libertação de 110 presos políticos que form perseguidos na Venezuela e reconheceu de forma enfática que a violência de gênero é um grande problema no México.
“Em um país onde por tanto tempo houve violência, é possível que a violência contra as mulheres esteja naturalizada. Mas é crucial que os líderes assumam que o feminicídio é uma realidade dramática em nossa região”, afirmou Bachelet ao ser questionada pelo entrevistador acerca da recusa do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que tem dificuldades em reconhecer que os feminicídio sejam um problema estrutural. “Como ex-chefe de Estado, acredito que mais vale assumir e dizer que temos um problema e que vamos ver como o enfrentaremos”, disse.
Ela defende que a solução em parte esteja em “reavaliar o papel da mulher e modificar a cultura” deste o ensino fundamental nas escolas. “Todos devem reconhecer a igualdade de direitos, mas é preciso inculcar isso desde criança, defendendo a igualdade de oportunidades nas coisas cotidianas, nos jardins da infância, quando os pequenos falam com os pais”, aconselhou Bachelet.
Com informações : El País
Credito imagem: Getty imagens e Vídeo Hay Festival
