Por: JCS

A poetisa Cora Coralina faleceu em Goiânia no dia 10 de abril de 1985, a antiga Casa da Ponte transformou-se no Museu de Cora Coralina, lá encontra-se vários de seus manuscritos, livros, objetos pessoais e é claro, as lindas correspondências trocadas durante vários anos com o grande amigo Carlos Drummond de Andrade.

De forma simples e muito sábia Cora escreveu sobre as questões de seu próprio tempo e um tempo futuro, tinha certeza que escrevia para as próximas gerações. Confira uma de suas belas poesias:

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

 






Revista de opinião e entretenimento, sobre temas relacionados ao equilíbrio entre mente corpo e espiritualidade.