Na semana do Natal, tudo funciona porque Claire faz funcionar. Horários, encontros e tradições seguem de pé graças a uma energia silenciosa que quase ninguém nota. Até o dia em que um erro coletivo deixa a matriarca sozinha, expondo o quanto sua presença sempre foi essencial — e invisível.
Cansada de sustentar a casa sem reconhecimento, Claire decide não esperar explicações. Em vez disso, sai sozinha e experimenta um Natal fora do roteiro, longe das obrigações que sempre organizou. O gesto mistura alívio, teimosia e culpa, abrindo espaço para uma liberdade inesperada.
Enquanto isso, a família entra em pânico. Sem quem comandava tudo, os planos se chocam, a comunicação falha e a busca vira uma corrida caótica para evitar que o esquecimento se transforme em ferida permanente. É nesse contraste entre barulho e silêncio que Um Natal Surreal encontra seu tom, equilibrando comédia e desconforto.
Dirigido por Michael Showalter e estrelado por Michelle Pfeiffer, o filme transforma uma trapalhada natalina em reflexão leve sobre ausência, trabalho emocional e reconhecimento tardio. Entre risos e constrangimentos, a história lembra que algumas pessoas só passam a ser notadas quando decidem desaparecer.

