Foto: Reprodução
Por: Octavio Caruso
Separado de sua filha, um homem com deficiência intelectual precisa provar sua inocência ao ser preso pelo falecimento da filha de um comandante.
A refilmagem turca do sucesso sul-coreano de 2013 conquistou rapidamente o coração dos brasileiros, um bom exemplo de obra que supera o original, apostando no melodrama e na delicadeza, com uma assinatura segura na direção de Mehmet Ada Öztekin, amparada na atuação da pequena Nisa Sofiya Aksongur e no carisma de Aras Bulut Iynemli, vivendo a vítima da injustiça.
O primeiro ato estabelece bem os fortes laços de companheirismo na família que mora no vilarejo simples, Ova (Nisa), a avó (Celile Toyon Uysal) e o símbolo da pureza, Memo (Aras), o pai com deficiência intelectual, que, aos olhos da filha, graças à bonita explicação da avó, não é exatamente como os outros adultos porque possui a mesma idade dela, uma criança grande, logo, que precisa ser protegida da maldade do mundo.
A pequena, que sofre bullying na escola, mostra interesse por uma mochila na vitrine da loja, mas o pai não tem dinheiro, gatilho para um evento futuro que mudará completamente a rotina da família. Acusado por um crime hediondo que não cometeu, ele é levado para a prisão, para aguardar uma inescapável execução.
O desafio da trama é, apesar de narrar situações emocionalmente excruciantes, manter a leveza, missão que cumpre com louvor. Ao entrar em contato com os colegas de cela, todos bandidos perigosos, inicialmente ele sofre perseguição física e psicológica, mas vai ganhando respeitabilidade à medida em que eles percebem que não há maldade alguma em seus atos.
Aos poucos, eles vão se sensibilizando com a jornada da menina em inocentar o pai, até pela forma com que ela lida com seus estigmas sociais. Ova enxerga eles como doentes que podem se tratar e melhorar, em suma, ela humaniza os marginalizados, e, com esta atitude, desperta gradativamente neles o desejo de mudança positiva. Na busca incessante por salvar o amado pai, a menina opera um verdadeiro milagre. A catarse do desfecho é extremamente eficiente, jogando com a expectativa do público.
É um filme que desidrata e revivifica a alma, especialmente indicado para aqueles que precisam renovar a crença no potencial do ser humano para o bem.
Bancos Aquecidos no Japão Estão Emocionando o Mundo — Uma Inovação Simples Que Pode Salvar…
🌧️ Só 30% conseguem sentir a chuva chegando. Será que você é uma delas? Antes…
Quando pensamos nos filmes dos anos 90, é fácil lembrar das comédias leves e histórias…
Seis anos após sua partida, as ideias de Stephen Hawking continuam mais vivas do que…
Os costumes brasileiros nem sempre caem bem no exterior. O que aqui soa simpático e…
Às vezes, não é uma grande história que emociona o mundo — é um pequeno…